Unicesumar lista áreas cuja habilidade comportamental é indispensável e, portanto, não podem ser substituídas pelo avanço da tecnologia com inteligência artificial
Que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) acelerou o surgimento de determinadas profissões, previstas para daqui há alguns anos, isso já não é novidade.
No entanto, apesar do avanço da tecnologia, algumas áreas continuarão em alta, é o que aponta o professor e coordenador dos cursos de Administração, Processos Gerenciais e RH da EAD Unicesumar, Luciano Santana Pereira.
“Na mesma velocidade em que diversas empresas tiveram que se adaptar e ajustar os processos, indispensáveis pela tecnologia, há carreiras que, na contramão, não param de crescer, justamente, por precisarem de habilidades comportamentais. Ou seja, ocupações que o computador, a máquina e o software não conseguem acompanhar”.
O especialista explica que além das profissões ligadas às áreas da saúde, outro nicho que deve se manter latente são os negócios com foco em relacionamento, liderança e comunicação.
“Vale frisar que, mesmo nas áreas tecnológicas, o contato entre as pessoas continuará sendo necessário. Visto que há quem trabalhe com desenvolvimento e soluções com foco na experiência do usuário, bem como na resolução de problemas. Já na outra vertente, temos o contato mais humano, não mecanizado, que tem como base o acolhimento ao cliente em clínicas de saúde. Assim como terapeutas, dentistas e os demais setores que exigem apoio emocional”, avalia.
Profissões que não serão trocadas com o avanço da tecnologia
Considerando esse avanço da automatização, atuações na área da saúde (dentista, fonoaudiólogo, gerontologista, nutricionista e psicólogo) não serão substituídas. Além do conhecimento técnico, esses profissionais lidam com pessoas, atuam sobre o imprevisível e precisam auxiliar na tomada de decisões.
Os setores: Gestão de Recursos Humanos e Pedagogia, por sua vez, exigem criatividade, resiliência, relacionamento interpessoal e o senso crítico afinado, habilidades e conflitos que a máquina não consegue reproduzir.
“Eu posso ter um robô na linha de produção da minha empresa, mas ele não vai decidir quando preciso reformar o galpão. Esse tipo de decisão ele não aplica”, conclui.